A importância da ferramenta adequada para o trabalho do consultor
Por: Rosani Coelho
Com frequência ouvimos e lemos que a única constante na vida é a mudança. Empresas de todos os portes precisam lidar diariamente com a velocidade das informações e adquirir novos conhecimentos para fazer frente aos desafios que se apresentam. Mas a mudança pode ser vista também, como o resultado da resposta às novas oportunidades, aos novos mercados, bem como a necessidade de melhorar continuamente o desempenho organizacional.
Para os profissionais que atuam na consultoria e facilitação não é diferente e o desafio pode ser ainda maior, pois é preciso buscar novas ferramentas, métodos e técnicas para traduzir estrategicamente estas mudanças e fazer entregas eficientes e eficazes para as organizações para as quais prestam serviços. Tanto na Consultoria como na Facilitação, via de regra, parte-se da identificação de um problema ou avaliação de uma situação atual e a partir de alternativas potenciais e, dependendo da decisão do cliente, o processo de implementação da solução acontece.
Sempre é um processo de mudança e é aí que nos deparamos com algumas questões como:
qual a estratégia a ser utilizada para a implementação das soluções definidas?
quais as ferramentas, técnicas, métodos e abordagens mais recentes que podem ajudar a obter os resultados desejados?
Como modelar comportamentos que venham a contribuir com a implementação e o alcance dos objetivos?
A partir de agora vamos tratar a respeito de aspectos que consideramos essenciais para intervenções e aplicações bem sucedidas, sempre tendo como foco o resultado.
Ponto de partida: análise da situação atual
Antes de qualquer coisa precisamos identificar onde estamos e, especialmente para iniciativas de melhoria organizacional, esta pergunta faz todo o sentido. Só a partir do momento em que identificamos e compreendemos onde estamos é que podemos traçar um caminho, um curso realista de ações, até o ponto onde queremos chegar. Análises bem planejadas e bem conduzidas têm um olhar sistêmico, avaliando as inter-relações entre as partes, sem perder a visão do todo. Poderão ser utilizados modelos de referência ou conhecimentos para avaliar o desempenho atual, apoiando na identificação de oportunidades de melhoria.
Já nesta fase somos desafiados, pois o envolvimento das pessoas chave da organização se faz necessário. O reflexo deste envolvimento são diferentes pontos de vista e opiniões, possíveis conflitos e resistência. E este é o momento de criar um ambiente propício para a mudança e o compromisso.
Uma dica para esta etapa é: para definir o futuro, aprenda com o melhor do passado. Realize atividades colaborativas para identificar e compreender a empresa e seus pontos fortes, assim como suas oportunidades de melhoria. Escolha com cuidado a metodologia para isso, assim como as ferramentas que irá utilizar.
Defina prioridades organizacionais
A medida em os gaps são identificados, para se chegar à uma performance desejada, com base em uma boa análise da situação atual, é preciso estabelecer prioridades para implementar ações, de forma a concentrar as pessoas no futuro, tendo foco intenso nas soluções. Buscar excelência estratégica, técnica e operacional. Só a partir desta excelência é que as organizações estarão preparadas para enfrentar as mudanças nas condições econômicas e situações desafiadoras nos negócios, de forma sustentada.A dica aqui é: aprenda a entender e coloque as pessoas no centro do processo, crie compromisso, promova o entendimento para que haja transformação na cultura empresarial.
Sem receita de bolo
Não há receita perfeita, não há receita de bolo, cada organização é única e é assim que deve ser tratada. As soluções que necessita, geralmente, estão em seu poder e são de seu conhecimento. É importante analisar como modelar os comportamentos necessários para se chegar à situação desejada. Como desafiar a zona de conforto, fazendo novas perguntas e buscando respostas que ainda não estão prontas?
A solução do problema
Já dizia Henry Ford “não repare a culpa, repare o problema: encontre uma solução”. Organizações são sistemas que precisam estar com todas as partes funcionando para gerar um desempenho final completo. E é um função disso que as ações que serão realizadas devem levar em conta as pessoas, os processos e as práticas que são adotadas.
A dica para esta fase é estabelecer o compromisso necessário da organização para realizar, ou seja, que ações são necessárias para que as práticas sejam estabelecidas de forma duradoura? Quais são as pré-condições para implementar as ações? Como medir os resultados e analisar as etapas para garantir o resultado desejado?
O futuro perfeito
Como resultado desta sinergia em todas as etapas, é possível gerar mudanças significativas que tendem a ser duradouras, pois pressupõe uma nova cultura organizacional com a participação das pessoas chave. É aqui que se dá a institucionalização das ações, fator chave para o sucesso.
Uma certeza podemos ter: um modelo não se encaixa para todos, o que significa que cada situação é única e cada cliente é especial, exigindo uma combinação exclusiva e diferente de métodos, técnicas, conhecimentos e habilidades, que aplicados com a experiência relevante do profissional de consultoria e/ou facilitação, serão muito valiosas para os clientes.
Rosani Coelho é instrutora no Integramente: Programa de Desenvolvimento Integrado de Consultores e Faciltadores no módulo “Uma nova forma de aprender”
Solicite informações: http://bit.ly/integramente_info